Desigualdade Educacional no Brasil: Um Olhar Crítico

No dia 16 de setembro de 2024, foi publicada na Revista Sociedade Científica a obra “Dualidade educacional no Brasil: desigualdades e exclusão educacional”, escrita pelos autores Dirno Vilanova da Costa e Maria Meres Rodrigues Ibiapino, ambos do Instituto Federal do Piauí. Este artigo examina a dualidade educacional que permeia o sistema escolar brasileiro, discutindo suas raízes históricas e suas consequências na sociedade contemporânea.

A pesquisa se debruça sobre a formação escolar no Brasil, questionando como se estabelece a dualidade educacional e suas repercussões nas relações de classe. A análise, que se baseia em uma revisão de literatura crítica e qualitativa, revela que as desigualdades na educação remontam à época colonial e se intensificam com as políticas neoliberais que visam a formação de mão de obra para o mercado.

Os autores argumentam que a educação formal no Brasil foi, desde o início, voltada para as elites. A obra explora a ideia de que, ao longo da história, a educação foi moldada por interesses burgueses que favorecem a classe dominante, excluindo a maioria da população do acesso a uma formação de qualidade. No contexto atual, as instituições de ensino privado oferecem uma educação superior, enquanto as escolas públicas enfrentam uma série de desafios, incluindo falta de recursos e infraestrutura inadequada.

A dualidade educacional é uma questão crítica no Brasil, onde escolas privadas muitas vezes têm acesso a melhores condições de ensino e profissionais qualificados, enquanto as escolas públicas lutam com a superlotação e a falta de investimento. Essa disparidade não apenas perpetua a desigualdade social, mas também limita as oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento dos alunos provenientes de classes menos favorecidas.

Em suas considerações finais, os autores defendem a urgência de políticas públicas que visem a equidade educacional, ressaltando a necessidade de uma escola pública de qualidade que atenda a todos os estudantes, independentemente de sua origem econômica. Eles propõem que uma abordagem mais inclusiva e integral é fundamental para garantir que a educação seja uma ferramenta de emancipação, e não apenas um meio de reprodução das desigualdades existentes.

Esta obra contribui significativamente para o debate sobre a educação no Brasil, oferecendo uma análise crítica que instiga a reflexão sobre a função da escola em uma sociedade marcada pela desigualdade.

Autores e Publicação

Dirno Vilanova da Costa e Maria Meres Rodrigues Ibiapino são pesquisadores do Instituto Federal do Piauí. O artigo foi publicado na Revista Sociedade Científica, volume 7, número 1, nas páginas 4240-4254, e pode ser acessado através do DOI: 10.61411/rsc202471317.

Acesse a obra original

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