Estudo revela relação entre genes de reparo e resistência ao tratamento em câncer retal


Estudo revela relação entre genes de reparo e resistência ao tratamento em câncer retal

Uma nova revisão literária publicada pela Revista Sociedade Científica explora a associação entre os genes e as vias de reparo ativadas em resposta ao tratamento neoadjuvante no câncer retal. Conduzido pelos pesquisadores Bruno Veronez de Lima, Nicole Cesário Freire e Renata de Castro Gonçalves, o estudo utiliza bancos de dados como CbioPortal e PubMed para investigar como esses genes influenciam a resistência ao tratamento, oferecendo insights valiosos para a personalização das terapias oncológicas.

O câncer retal, uma forma de câncer localizada no tecido retal, geralmente é tratado por uma combinação de quimioterapia e radioterapia, destacando-se o uso do 5-Fluorouracil (5-FU). No entanto, as células tumorais frequentemente ativam mecanismos específicos de reparo para sobreviver ao dano causado pelo tratamento. Este estudo identifica os genes mais comumente ativados e as vias de reparo associadas a essa resistência, buscando proporcionar um melhor entendimento das respostas clínicas dos pacientes.

Resultados da Revisão Literária

Após uma extensa revisão de 15 trabalhos científicos, os autores chegaram à conclusão de que cerca de 20 genes principais estão envolvidos na reparação do tecido afetado pelo adenocarcinoma retal. Entre os genes mais destacados estão APLF, APTX, ASCC3 e LIG1. Essas mutações, quando ativadas, estão frequentemente associadas a alterações no DNA, como Missense Mutation, Deleção Profunda e Amplificação.

Embora as vias de reparo apresentem padrões de ativação variados, o estudo destaca a importância de compreender essas trajetórias para o desenvolvimento de tratamentos mais eficazes. Genes que não ativam as vias de reparo tendem a resultar em melhores prognósticos, enquanto aqueles que o fazem estão associados a uma maior resistência do tumor ao tratamento.

Considerações Finais

Os autores concluem que a relação entre genes de reparo ativados e a resistência ao tratamento neoadjuvante no câncer retal é crucial para a compreensão dos desfechos clínicos. Além disso, o estudo ressalta a necessidade de investigações futuras que possam refinar as terapias baseadas no perfil genético de cada paciente, contribuindo para a personalização do tratamento.

Autores e Instituições

O estudo foi realizado pelos pesquisadores Bruno Veronez de Lima, Nicole Cesário Freire e Renata de Castro Gonçalves, todos vinculados à Universidade Cidade de São Paulo (UNICID).

Publicação Científica

Este artigo foi publicado na Revista Sociedade Científica, Volume 7, Número 1, páginas 3789-3796, em agosto de 2024. Para acessar o artigo completo, visite o link: Clique aqui.