Relativização dos Direitos de Propriedade Intelectual na Constituição de 1988: Desafios e Perspectivas


Relativização dos Direitos de Propriedade Intelectual na Constituição de 1988: Desafios e Perspectivas

No recente artigo intitulado “A Propriedade dos Intelectuais e sua Função Social: A relatividade dos direitos da propriedade intelectual no contexto da constituição de 1988”, Petrúcio Lopes Casado Filho explora a complexa interseção entre os direitos de propriedade intelectual e a função social da propriedade, conforme estabelecido pela Constituição Brasileira de 1988. Publicado na Revista Sociedade Científica, o trabalho questiona a noção de que a propriedade intelectual deve ser protegida de forma absoluta, propondo reformas que equilibrem os interesses dos criadores e o bem-estar social.

Desde o surgimento da proteção à propriedade intelectual, a principal justificativa para sua existência foi a necessidade de garantir aos criadores um incentivo para continuarem a inovar. Contudo, o autor argumenta que, assim como a propriedade material, a propriedade intelectual deve cumprir uma função social, refletindo a necessidade de limitar certos direitos em prol do coletivo. A Constituição de 1988 é clara ao definir que a propriedade, em qualquer uma de suas formas, deve estar atrelada ao cumprimento de uma função social, o que inclui também as criações intelectuais.

O Conceito de Propriedade Intelectual e a Função Social

No início do artigo, Casado Filho oferece um panorama sobre a evolução do conceito de propriedade intelectual, traçando paralelos com o desenvolvimento histórico dos direitos de propriedade. Ele argumenta que, embora a propriedade tenha sido tradicionalmente vista como um direito individual absoluto, a modernização dos sistemas jurídicos exigiu uma reavaliação desse conceito. Assim, o princípio da função social foi introduzido como uma forma de equilibrar os direitos dos proprietários com os interesses da coletividade.

A metodologia utilizada no artigo combina uma análise normativa da Constituição com uma revisão da literatura jurídica sobre a função social da propriedade. Estudos comparativos com outros sistemas legais são utilizados para demonstrar as diferentes abordagens sobre a relativização dos direitos de propriedade intelectual. O autor também faz uso de exemplos práticos para ilustrar como as restrições impostas pela função social podem impactar o desenvolvimento econômico e social.

Propostas para o Futuro da Propriedade Intelectual

Nas suas considerações finais, Casado Filho sugere a necessidade de reformas legislativas para adequar a proteção da propriedade intelectual à realidade atual. Ele defende que o fortalecimento do princípio da função social pode promover um maior equilíbrio entre os direitos dos criadores e o acesso público às criações intelectuais. A proposta inclui a criação de novos mecanismos de proteção que favoreçam tanto a inovação quanto o bem-estar coletivo, em consonância com os compromissos internacionais firmados pelo Brasil.

O artigo também destaca a importância de alinhar as normas de proteção autoral com os princípios constitucionais, sugerindo que futuras discussões jurídicas devem considerar as implicações sociais e econômicas das criações intelectuais. Segundo Casado Filho, é crucial que a legislação brasileira continue a evoluir para garantir que a proteção dos direitos intelectuais não se torne uma barreira ao acesso equitativo ao conhecimento.

Esse trabalho é uma contribuição importante para o debate sobre os limites e as responsabilidades da propriedade intelectual no Brasil. A partir de uma análise robusta e bem fundamentada, o autor lança luz sobre a necessidade de harmonizar os direitos individuais com o interesse público, propondo uma revisão crítica do atual sistema de proteção intelectual no país.

Sobre os Autores e Publicação

Petrúcio Lopes Casado Filho é mestre em Direito pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e atua nas áreas de Direito Constitucional e Propriedade Intelectual. O artigo foi publicado na Revista Sociedade Científica, Volume 7, Número 1, em agosto de 2024. O artigo completo pode ser acessado através do DOI: 10.61411/rsc202472417.

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Nota

Para acessar o artigo completo, visite: A Propriedade dos Intelectuais e sua Função Social.

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